[Entrevista] #3 - Rob W. Hart
O entrevistado da semana é o Rob. W. Hart. Já falamos um pouco sobre ele no artigo
[Seja escritor] #8 - 10 clichês para se evitar
Rob W. Hart é um editor associado na MysteriousPress.com, diretor de classe no site especializado em auxílio a novos escritores LitReactor, e co-host no podcast do LitReactor, Unprintable.
Ele já foi reporter político, diretor de comunicação para um político e comissionário da cidade de Nova York.
Rob é autor de The Last Safe Place: A Zombie Novella, e as suas histórias já apareceram no Shotgun Honey, Crime Factory, Thuglit, Needle: A Magazine of Noir, e Kwik Krimes, uma antologia editada por Otto Penzler.
Mora atualmente em Nova York com sua esposa e seus dois gatos, (e suspeita que um deles seja um Cylon).
Decidi entrar em contato com ele para trazer um pouco da perspectiva de fora do que o mercado literário precisa pra se desenvolver. Além disso, como editor, ele traz algumas dicas bem bacanas para novos autores.
Rob W. Hart é um editor associado na MysteriousPress.com, diretor de classe no site especializado em auxílio a novos escritores LitReactor, e co-host no podcast do LitReactor, Unprintable.
Ele já foi reporter político, diretor de comunicação para um político e comissionário da cidade de Nova York.
Rob é autor de The Last Safe Place: A Zombie Novella, e as suas histórias já apareceram no Shotgun Honey, Crime Factory, Thuglit, Needle: A Magazine of Noir, e Kwik Krimes, uma antologia editada por Otto Penzler.
Mora atualmente em Nova York com sua esposa e seus dois gatos, (e suspeita que um deles seja um Cylon).
Decidi entrar em contato com ele para trazer um pouco da perspectiva de fora do que o mercado literário precisa pra se desenvolver. Além disso, como editor, ele traz algumas dicas bem bacanas para novos autores.
A enentrevista foi feita em inglês, e o texto abaixo é uma tradução feit por mim.
1. Por que você decidiu trabalhar no mundo literário? O que você mais gosta no trabalho com livros?
Eu sempre fui um grande leitor, desde criança. E na sétima série minha professora nos fez escrever um ensaio criativo toda semana, e eu simplesmente adorei. Ler e escrever era natural, então resolvi continuar. Tudo o que fiz a partir de então envolvia escrever de alguma forma. Agora, cuidando de uma editora, eu passo o meu dia trabalhando com livros e autores. Não poderia estar mais feliz.
2. Você é um editor associado da MysteriousPress.com e também escreve histórias e livros de terror. De onde veio a sua paixão por este gênero literário?
Um bom livro é um bom livro – eu não me preocupo com gênero. Mas a verdade é, ficção literária pode ser horrivelmente sem graça, uma vez que ficção é repleta de possibilidades

A história se passa na Ilha do Governador, que é um lugar incrível para se visitar – uma velha instalação militar no meio da baía de Nova York, que agora é um parque. Achei que poderia ser uma excelente locação para uma história, que se transformou na ideia de este lugar ser um posto de sobreviventes de um apocalipse. Zumbis pareciam se encaixar bem, uma vez que era uma ilha. E a história saiu disso.
3. Você pretender publicar mais livros em breve? Quais são seus planos para 2014?
Meu agente está lançando meu primeiro livro, um história ficcional de crime estilo noir, para editores. Para me distrair Eu estou me empenhando em outro projeto, que é um Young-Adult urbano de fantasia. Eu espero ter o primeiro rascunho até o fim do ano. E então tenho muitas pequenas outras histórias que ainda quero terminar. Para 2014 – eu não sei, honestamente. Eu tento não pensar tão longe.
4. Você foi um repórter político, diretor de comunicação também para um politico e comissionário da cidade de nova York. Estas experiências influenciaram nas coisas que você escreve?
Eu cobri notícias de policias e bombeiros por um tempo, que me deu uma boa base para romance policial. E trabalhar na política por tanto tempo me deu a ideia de uma outra história policial que eu gostaria de escrever em algum momento. Em geral, esses trabalhos me expuseram a diferentes atividades, situações e pessoas, que eventualmente acabam servindo de inspiração
6. Quais foram os livros que mais te influenciaram?
O primeiro livro que eu li, que me fez querer ser um escritor foi Fahrenheit 451 de Ray Bradbury. Aquilo abriu meus olhos para as possibilidades dos livros e o poder que eles poderiam ter.
7. Você conhece algum autor Brasileiro? Como a literatura brasileira é vista nos Estados Unidos?
Pra ser honesto – não conheço nenhum autor brasileiro, mas estou aberto a recomendações. Estou sempre buscando novas coisas para ler.
8. Como director de classe, no LitReactor.com, você tem contato com muitas pessoas apaixonadas por ler e/ou escrever. Considerando isso, quais tendências você prevê moldando a literatura americana nos próximos anos?
Eu acho que nós estamos chegando no ponto onde a divisão entre gênero de ficção literária vão desaparecer. Mais e mais autores, conhecidos principalmente por seus trabalhos literários, estão se metendo em outros gêneros. Em breve todos vão perceber que é mais divertido escrever sobre jet packs e detetives particulares do que famílias desesperadas de subúrbio.
9. O seu livro, The last safe place: A Zombie Novella, foi publicado através de ferramentas de auto-publicação, certo? A Amazon começou suas atividades aqui somente em dezembro de 2012, então esta opção ainda é algo novo para os brasileiros. O quão relevante foram essas ferramentas de auto-publicação para o crescimento da popularidade da literatura americana? O que você acha que é necessário para aumentar a relevância dos e-books no Brasil, considerando o exemplo americano?
The Last Safe Place era uma novela (estilo mais longo que um conto e mais curto que um romromance). Eu sabia que seria extremamente difícil ser pego por um editor. Em cima disso, estando no meu ramo, eu queria ver como funcionam os sites de vendas pelo outro lado da moeda, outro motivo que me fez decidir pela auto-publicação. Foi muito divertido e eu gostei, uma vez que estou mais ficado em novos projetos do que em tentar vender o livro.
Auto-publicação pode ser algo perigoso. Muita gente coloca os seus trabalhos antes de estarem realmente prontos, ou antes de estarem devidamente editados, o que satura o mercado com material de qualidade inferior. Isso gera uma reputação ruim para o site. Mas existem alguns livros incríveis que foram auto-publicados. Como em todas as coisas, você precisa estar seguro de si e dedicar tempo e esforço e garantir que você está colocando no mercado o melhor produto possível.
10. Não é incomum ouvir que os jovens estão lendo menos por conta da tecnologia e aparelhos eletrônicos, entretanto, nós também encontramos muita gente dizendo que a juventude nunca leu tanto quanto hoje. Qual a sua opinião sobre isso?
Eu não posso falar de estatísticas, mas eu posso dizer que existem dois pontos muito positivos de desenvolvimento a favor da leitura de jovens: Primeiro é a proliferação do gênero Young Adult – está se tornando incrivelmente popular e existem muitos bons livros sendo publicados e captando a atenção dos jovens mais cedo. O segundo é o acesso. Jovens tem mais acesso à leitura que nunca – eles podem ler através de aparelhos que eles já teriam de qualquer forma (celular, tablet, computador, notebook, etc). Os obstáculos para a leitura estão sendo quebrados. Essas coisas juntas me deixam confiante.
11. Para as pessoas que querem começar a escrever, que mensagem você deixa para elas?
Aprenda a arte da paciência. Sério, se você quer ser um escritor de sucesso, não existe nada mais perigoso que querer ser publicado mais do que querer escrever bem.
E leia tudo o que você puder!
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