[Pecados e Tragédias] #17 - Fugere Nuptias

EP17 - FUGERE NUPTIAS: Quirina e Heitor tiveram um relacionamento bem quente, mas isso ficou no passado. Para sair da rotina, ela irá a uma festa à fantasia declaradamente de solteiros com sua amiga e ambas tem ciência de que boa coisa não sairá dali.

Quirina e Heitor se conheceram aos quinze anos e começaram a namorar quase no mesmo instante. Olharam para a cara um do outro e decidiram que ficariam juntos para sempre.
Trocaram suas virgindades e, a partir de então, aprenderam um com o outro tudo sobre o ato de reprodução humano.
O primeiro desafio foi o das diferentes posições. Heitor possuía um vasto referencial teórico, embasado nos filmes que via na internet e, portanto, tinha algumas expectativas que Quirina não foi capaz de cumprir de cara. Logo viram que algumas coisas não eram tão legais quanto pareciam.
Depois vieram os ‘outros sexos’, que de acordo com o amplo estudo do rapaz, era algo comum e natural, mas que, para Quirina, demandava um esforço tremendo.
Com o tempo, porém, eles aprenderam a criar a sua própria rotina. Entenderam o que era bom e o que não era e sabiam exatamente em que pontos tocar para dar prazer máximo ao seu companheiro.
- Nossa, você me deixa louca – Dizia ofegante, depois de cair desfalecida para o lado.
O rapaz somente sorria e a aninhava nos braços.
Porém, os anos foram passando e logo aquela rotina começou a se tornar cansativa. Já não variavam tanto e a repetição começou a deixar o sexo chato, diminuindo o prazer que proporcionavam um ao outro. Logo, já eram raras as vezes que de fato se tocavam com intensidade.
No dia da formatura do casal, ambos economistas, eles completaram sete anos de namoro. E decidiram se casar, mesmo cientes de que a decisão certa era a separação.

Novidade

Mesmo após o casamento, a relação dos pombinhos continuava fria como gelo e nada do que eles tentassem fazia o antigo apetite sexual voltar.
Fato era que Quirina e Heitor não reclamavam: simplesmente se acostumaram a não ter nada demais em sua relação a dois. A mulher, entretanto, um belo dia foi surpreendida com uma novidade que mudaria para sempre a vida do casal.
- Amiga, esta será a festa mais divertida da história de nossa cidade. Nós temos que ir.
Era o que dizia a Fátima, melhor amiga de infância e solteirona.
- Será uma festa a fantasia. A cidade inteira vai estar lá e com certeza é uma boa oportunidade pra você colocar um pouco de emoção nessa sua vida chata de casada.
- Hum. Certo, vou perguntar ao meu marido.
Fátima arregalou os olhos.
- O quê? Claro que não. Ele nunca vai deixar você ir se souber. É uma festa de solteiros, amiga. Lá vão ter homens e mulheres enlouquecidos.
Quirina estava insegura e não sem motivo: nunca havia traído ou mentido para o marido antes. A ideia de ir a uma festa declaradamente de solteiros parecia-lhe demasiado promíscua.
- Não sei, Fátima. Eu nunca fiz isso antes. E se alguém me reconhecer? Amo muito o Heitor, não quero jogar minha relação fora por causa de uma noite.
- Querida, não seja boba. É só você usar uma fantasia bacana que ninguém vai nem desconfiar.
- Mas se não posso falar a verdade, o que eu falo para o Heitor então?
Fátima já tinha tudo planejado:
- Que você vai dormir na minha casa para termos uma girl’s night como as de antigamente e tenho certeza que ele nem vai desconfiar. Você sabe que o Heitor é tranquilo em relação a estas coisas.
E então Quirina falou o que realmente lhe preocupava:
- Ok, mas eu não vou fazer nada tá? Só vamos sair e dançar um pouco e nada mais.
Fátima foi categórica:
- Relaxa tá? Se acontecer algo, aconteceu ora. Não se preocupe com isso. Aliás, se você transar com alguém será ótimo: uma traiçãozinha aqui ou ali sempre ajuda a apimentar a relação, e você sabe bem o quanto está precisando de uma boa transa, não é? – E então proferiu uma frase pronta – O que tiver de ser, será!
Quirina, indecisa, resolveu topar. Seria interessante sair sozinha depois de tanto tempo. Ainda assim, seu coração batia forte ao pensar nas diferentes possibilidades que aquela fuga lhe proporcionaria.

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