[Pecados e Tragédias] #4 - O pegador (Parte FINAL)
Se você não leu as partes 1 e 2, sugiro fortemente que o faça antes de ver a parte final do conto, caso contrário, o conto não fará o menor sentido para você! :)
Depois que ler tudo, deixe um comentário com a sua opinião! Nada melhor para um escritor que ouvir o que os leitores tem a dizer, não é mesmo? Então vai lá e divirta-se!
Leia a parte 1 em [Pecados e Tragédias] #4 - O pegador (Parte 1)
Leia a parte 2 em [Pecados e Tragédias] #4 - O pegador (Parte 2)
A verdade
Então Dado a questionou
diretamente sobre isso. Ela foi igualmente direta:
- Estranho você ter demorado
tanto tempo para perguntar. Tem certeza que quer a verdade?
Ele assentiu:
- Pois bem – começou ela – eu
sou ninfomaníaca. Transo todos os dias da semana e, imagino que você saiba, a
grande maioria das vezes não é com você. Tenho vários amantes fixos, outros
esporádicos, alguns novos, outros mais velhos. Já transei com todos os seus
amigos e com todos os meus também. Aliás, com os inimigos também. Tem meu
professor de violão, os gêmeos da aula de francês, dois professores da
academia, uns caras que me dão carona...
E a lista não parava. Quanto
mais ela contava dos homens com quem já havia transado, mais paralisado ele
ficava. Quando ela finalmente citou o irmão de Dado que conheceu na festa de
aniversário da avó, ele resolveu falar alguma coisa.
- Cale a boca – Disse – Fique
quieta por um momento.
Anastácia observava com
curiosidade. Finalmente acrescentou:
- Eu não vou mudar, Dado. Eu
gosto de ser assim e é assim que vai ser.
E então ela deu sua cartada
final:
- Eu disse que eu não era para o
seu bico.
Ele então se levantou e se
encaminhou para a porta. Na saída, virou-se e disse:
- Impossível!
A aposta
Dado refletiu sobre tudo o que
sua namorada havia lhe contado e, chegando a uma conclusão, foi direto para a
casa de André, com quem fizera a aposta.
- Eu descobri tudo – Disse ele
para o amigo.
André estava meio divertido,
meio com pena.
- Difícil, não é? Mas não se
preocupe, essas coisas acontecem.
Ele assentiu. André então
continuou, sem um pingo de compaixão:
- E você me deve 100 reais.
Dado riu:
- Não mesmo! Eu disse que era
impossível.
- Mas agora você sabe de tudo. –
Argumentou André.
- Sim sei. Mas vocês todos
estavam enganados. Nós continuaremos juntos.
André se engasgou no café.
- O quê? Vocês vão continuar
juntos?
- É claro. Você perdeu a aposta.
- Mas ela vai continuar
transando com todo mundo, Dado.
- Pois que transe. Anastácia é o
amor de minha vida e não me importo com o que ela faz! Agora pague!
Contrariado, André passou a nota
de cem ao amigo que, respondeu com um sorriso:
- Eu te disse que ela era para o
meu bico.
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