Guardado no sótão da alma


Marina, você levou todas as respostas consigo.
Poucas vezes senti-me tão perturbado com o desfecho de um livro quanto com o de Marina, de Carlos Ruiz Zafón.
Meu choro silencioso não representava o desespero que se passava em minha mente. Carregava consigo todas as possibilidades que, por acaso ou não, eram reais tal qual no livro.

Sentia a dor de Óscar de maneira tão viva que me assustei. Um amor puro, real e intenso de tal forma que me fez acreditar novamente que isso fosse possível.
Desejei genuinamente voltar a escrever finais felizes, como os de outrora.
De alguma forma, torcer por eles e ser tão despreocupadamente ignorado me chocou. Fiquei com isso na cabeça e não creio que passará em pouco tempo.

É difícil dizer com exatidão o que sinto neste momento. Um misto de felicidade pela inspiração que me trouxe, uma apreensão por viver situações em muitos pontos semelhante, uma saudade incrível que me dói o coração e medo. Medo das respostas serem levadas com as "Marinas" da vida real.

Porque no fim das contas tudo acaba mesmo voltando para essa palavrinha de quatro letras. A-M-O-R. Que insiste em aquecer um coração que se derrete fácil.
Fácil como entender por que este é o livro favorito de Zafon. Fico feliz de ele permitir que tal história seja lida pelas pessoas. Espero um dia, poder presentear o mundocom algo semelhante.

Definitivamente, Marina está agora na lista de livros que fazem meu coração bater mais forte.

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